Depoimentos
A História de Léo
Data de Publicação: 31/01/2024
Fonte: APAT
Com apenas 3 anos de idade foi detectada diabetes tipo 1 em Leonardo Bolzan, morador da pequena cidade de Flores da Cunha/RS e assim começava sua luta contra a doença.
Apesar das dificuldades, sua família procurou ao máximo manter um tratamento para o pequeno Leo, mas para quem tem poucos recursos, um bom acompanhamento e uma dieta rigorosa é muito difícil.
O tempo foi passando e, além de estudar, Leo teve que trabalhar para ajudar nas despesas.
Como operador de máquinas, ficava difícil o controle ideal da glicemia e as complicações foram se agravando. Foram vários “tiros” de laser para cauterizar os neo-vasos na retina e ele teve que submeter-se a uma vitrectomia para manter sua visão. Graças a todos estes procedimentos, Leo ainda enxerga bem dos dois olhos!
Mas os rins, infelizmente, não foram poupados. A nefropatia diabética foi se agravando e Leo começou a fazer Diálise Peritoneal. ” Havia dias em que eu mal conseguia ficar de pé diante da máquina ”, nos conta Leo.
Tal condição levou seu nefrologista, Dr. Dirceu Ramos, a encaminhá-lo para o transplante duplo na PUC de Porto Alegre, mas neste centro havia sido suspenso o transplante pâncreas/rim.
Leo foi, então, encaminhado para São Paulo e em consulta com o Dr. Marcelo Perosa, explicou sua situação financeira. Ele o encaminhou para a Casa de Apoio da APAT.
Foram duas ótimas notícias: além de conseguir um local ideal para sua estadia no pré e pós transplante, Leo manteve sua inscrição para o transplante que havia sido feita no Rio Grande do Sul.
Um dia, logo após o almoço, o telefone toca e a tão esperada notícia chegou: “Temos um órgão para você!”. Era a Kamily, enfermeira coordenadora de transplantes da HEPATO.
De Flores da Cunha até o aeroporto, que fica em Caxias do Sul, são 18Km. Leo e seu pai tomaram um taxi e em poucos minutos estavam lá. São dois voos diários para São Paulo e eles conseguiram quase que imediatamente o primeiro. Tudo conspirava a seu favor!
A cirurgia demorou cerca de 9 horas e em apenas 10 dias Leo estava de alta.
Agora, D. Marisa, sua mãe, é sua acompanhante, pois a Casa de Apoio exige uma acompanhante do sexo femiino.
Desde o dia 12 de dezembro que Leo não é mais diabético! Foram 30 longos anos com a doença... Aos poucos seu novo rim vai assumindo suas funções e ele conta que as dores de neuropatia, que incomodavam muito antes do transplante, não acontecem mais.
Parabéns a todos os envolvidos nesta bela história!
Leonardo e D. Marisa, sua mãe